Os objectivos do MLAG e o ensino de 1º, 2º e 3º ciclos na FLUP

O ensino na FLUP é muito importante para o recrutamento de novos investigadores para o grupo. Sofia Miguens, João Alberto Pinto e Paulo Tunhas têm, enquanto membros do Departamento de Filosofia, ensinado cursos de vários níveis nas áreas para nós fundamentais, nomeadamente: Lógica, Epistemologia ('Filosofia do Conhecimento'), Filosofia da Linguagem, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea ao nível da licenciatura e disciplinas que continuam estas áreas nos 2º e 3º ciclos. Novas disciplinas têm sido criadas em relação directa com os projectos de investigação do MLAG, por exemplo, Filosofia da Mente (Curso de Estudos Pós-Graduados em Filosofia e posteriormente Mestrado), Mente e Mundo (Doutoramento) e Filosofia da Acção (Mestrado).

Porque as áreas de lógica, epistemologia e filosofia da linguagem têm sido leccionadas ao nível da licenciatura em Filosofia da FLUP, por Sofia Miguens e João Alberto Pinto, desde 1997 até ao presente, deixamos aqui programas, que podem servir de orientação àqueles que possam vir a querer trabalhar connosco. 

marcadorDisciplinas da Licenciatura

Lógica 1
Lógica 2
Filosofia do Conhecimento 1
Filosofia do Conhecimento 2
Filosofia da Linguagem 1
Filosofia da Linguagem 2



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Lógica I

(6 ECTS)

Objectivos
Pretende-se que os alunos desenvolvam o raciocínio (essencialmente de tipo dedutivo) através do domínio dos conceitos essenciais da lógica, com vista à sua posterior aplicação (1) na análise de teses filosóficas baseadas em argumentos e (2) na compreensão de algumas posições filosóficas para as quais os resultados das investigações lógicas são encarados como fundamentais (ou, pelo contrário, como irrelevantes).

Programa
1: Argumentos.
1.1 A noção (lógica) de validade de um argumento em geral e a ideia de preservação da verdade.
1.2 Algumas questões a propósito das análises e avaliações intuitivas de argumentos particulares.
2: O estudo dos ‘movimentos de pensamento’ caracteristicamente inferenciais no âmbito da Lógica.
2.1 Argumentos dedutivos (válidos ou inválidos) e argumentos indutivos.
2.2 Argumentos (dedutivos) correctos ou incorrectos e argumentos persuasivos.
2.3 As análises e avaliações intuitivas de argumentos e as investigações lógicas em sentido estrito.
3: A forma ou estrutura lógica dos argumentos e a noção de consequência lógica.
3.1 Análise lógica e decisões sobre validade.
3.2 Sistemas formais e linguagens formais.
4: Os níveis interproposicional e intraproposicional de análise lógica no âmbito da Lógica de Primeira Ordem com Identidade.
4.1 Conceitos e símbolos fundamentais da Lógica Proposicional.
4.2 Conceitos e símbolos fundamentais da Lógica de Predicados.


Bibliografia Principal
(As obras aqui referidas estão disponíveis na Biblioteca Central. Os excertos de leitura obrigatória estão organizados em colectâneas disponíveis na Oficina Gráfica. Indicações sobre leituras complementares serão fornecidas ao longo das aulas.)

DEAÑO, A., Introducción a la lógica formal, Alianza Editorial, 1978.
FORBES, G., Modern Logic – A Text in Elementary Symbolic Logic, Oxford University Press, 1994.
GUTTENPLAN, S., The Languages of Logic (Second Edition), Blackwell Publishers, 1997.
HAACK, S., Philosophy of Logics, Cambridge University Press, 1978.
HODGES, W., Logic – An Introduction to Elementary Logic, Penguin, 1991.
HOFSTADTER, D., Gödel, Escher, Bach: Laços Eternos, Gradiva, 2000.
NEWTON-SMITH, W. H., Lógica: Um Curso Introdutório, Gradiva, 1998.
OLIVEIRA, A. F. de, Lógica e Aritmética, Gradiva, 1996 (2ª ed.).



Métodos de Ensino
Aulas teórico-práticas, envolvendo a exposição da matéria (em ligação com a análise de passagens essenciais das obras de leitura obrigatória) e a aplicação dos conhecimentos adquiridos (em ligação com a discussão de exemplos especialmente relevantes e com a resolução de exercícios).



Modo de Avaliação
Avaliação apenas com exame final



Obtenção de Frequência
Assiduidade (presença em 75% das aulas previstas, com excepção para os casos previstos na lei e para alunos que obtiveram frequência no ano lectivo anterior).



Cálculo da Classificação Final
Exame final: prova escrita, com a duração de 3 horas, e prova oral, se necessário ou requerida. Nota do exame final arredondada.



Provas e Trabalhos Especiais
Não previstos.



Melhoria de Classificação Final/Distribuída
De acordo com as normas em vigor.

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Lógica II

Objectivos
Pretende-se que os alunos desenvolvam o raciocínio (essencialmente de tipo dedutivo) através do domínio dos conceitos e dos métodos formais da lógica actual, com vista à sua posterior aplicação (1) na análise de teses filosóficas baseadas em argumentos e (2) na compreensão de algumas posições filosóficas para as quais os resultados das investigações lógicas são encarados como fundamentais (ou, pelo contrário, como irrelevantes).


Programa
1. A Lógica Proposicional como uma linguagem formal.
1.1 Semântica.
1.2 O nível interproposicional de análise lógica.
1.3 Dedução natural.
2. Introdução à metalógica e a alguns temas de história e filosofia da lógica.
2.1 Adequação expressiva, fiabilidade e completude da Lógica Proposicional.
2.2 Problemas com as proposições condicionais.
2.3 As lógicas modais, a lógica intuicionista e a lógica difusa.
3. A Lógica de Predicados como uma linguagem formal.
3.1 Semântica.
3.2 O nível intraproposicional de análise lógica.
3.3 Dedução natural.


Bibliografia Principal
(As obras aqui referidas estão disponíveis na Biblioteca Central. Os excertos de leitura obrigatória estão organizados em colectâneas disponíveis na Oficina Gráfica. Indicações sobre leituras complementares serão fornecidas ao longo das aulas.)

BRANQUINHO, J., e MURCHO, D. (Eds.), Enciclopédia de Temos Lógico-Filosóficos, Gradiva, 2001.
FORBES, G., Modern Logic, A Text in Elementary Symbolic Logic, Oxford University Press, 1994.
GRIZE, J-B., «História. Lógica das classes e das proposições. Lógica dos predicados. Lógicas modais.», in J. Piaget (Org.), Lógica e Conhecimento Científico, vol. I, Livraria Civilização, 1980.
HODGES, W., Logic, An Introduction to Elementary Logic, Penguin, 1991.
KNEALE, W., e KNEALE, M., O desenvolvimento da lógica, Fundação Calouste Gulbenkian, 1980 (2ª ed.).
LEMMON, E. J., Beginning Logic, Chapman & Hall, 1987 (2ª ed.).
NEWTON-SMITH, W. H., Lógica: um curso introdutório, Gradiva, 1998.
OLIVEIRA, A. F. de, Lógica e aritmética, Gradiva, 1996 (2ª ed.).


Métodos de Ensino
Aulas teórico-práticas, envolvendo a exposição da matéria e a aplicação de conhecimentos (em ligação com a discussão de exemplos especialmente relevantes e a resolução de exercícios).


Modo de Avaliação
Avaliação apenas com exame final


Obtenção de Frequência
Assiduidade (presença em 75% das aulas previstas, com excepção para os casos previstos na lei e para alunos que obtiveram frequência no ano lectivo anterior).


Cálculo da Classificação Final
Exame final: prova escrita, com a duração de 3 horas, e prova oral, se necessário ou requerido. Nota de exame arredondada.


Provas e Trabalhos Especiais
Não previstos.


Melhoria de Classificação Final/Distribuída
De acordo com as normas em vigor.

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Filosofia do Conhecimento I

Objectivos
A disciplina de Filosofia do Conhecimento I tem como objectivo principal iniciar os alunos às problemáticas epistemológicas gerais. Um primeiro passo nesse sentido é a exploração da definição de conhecimento que parte das noções de (i) crença, (ii) justificação e (iii) verdade. Através da frequência da disciplina o aluno deve tornar-se capaz de (i) dominar o vocabulário técnico da epistemologia contemporânea, (ii) propor e problematizar conceitos de mente e de conhecimento, (iii) identificar problemas epistemológicos bem como a relação destes com questões metafísicas e de teoria da mente e da linguagem, (iv) identificar diferentes teorias da justificação epistémica e formular razões a favor e contra cada uma delas, (v) justificar as relações da teoria do conhecimento com outras áreas teóricas (nomeadamente da ciência cognitiva) a partir de exemplos práticos


Programa
1. Introdução à Teoria Filosófica da Mente e do Conhecimento
1.1 Introdução geral. ‘Mente’ e ‘conhecimento’. Mente: intencionalidade, acesso directo e privilegiado, qualia. Natureza da crença: análise. Fontes de crenças: percepção, memória, raciocínio, consciência (introspecção), testemunho. Conhecimento. Definição tripartida (condição-Crença, condição-Justificação, condição-Verdade). Problemas de Gettier. Crenças e justificação: arquitectura do conhecimento. Metáforas para a organização/justificação das crenças: ‘pirâmide’ e ‘jangada’. Teorias da justificação epistémica: fundacionalismo (cartesiano, empirista), coerentismo, fiabilismo. Relação mente-mundo: cepticismo, solipsismo. Teorias da verdade.
1.2 Introdução histórica. Comparação de noções de mente e conhecimento: Platão, Aristóteles, cepticismo grego, Descartes, Kant, Quine. O estatuto da epistemologia: a ideia de epistemologia naturalizada.
2. Introdução à Teoria Científica da Mente e do Conhecimento
2.1 Ciência cognitiva: disciplinas que nela participam, dados históricos. A realidade formal e física da cognição. A lógica e a formalização. Algortimos, Máquina de Turing, Máquina de Turing Universal. A metáfora fundadora do paradigma cognitivista.
2.2 O que é (para uma entidade) ter uma vida mental - Teste de Turing (A. Turing, Computing Machinery and Intelligence), Behaviorismo, Cognitivismo.
3. Ciência Cognitiva e Filosofia da Mente (1950-1990)
3.1 H. Putnam: o funcionalismo e o estatuto do mental no mundo (Minds and Machines).
3.2 J. Fodor: intencionalidade, racionalidade e Linguagem do Pensamento (The Language of Thought)
3.3 J. Searle: as críticas ao cognitivismo (Minds, Brains and Programs). O Quarto Chinês. Sintaxe, semântica e consciência.
3.4 T. Nagel: subjectividade e fisicalismo (What is It Like to Be Bat).
3.5 D. Dennett: a natureza da consciência. Consciência e memória: o Teatro Cartesiano e o Modelo dos Esboços Múltiplos; o Eu (Consciousness Explained).
4. Conclusão
Que significa afinal ‘epistemologia naturalizada’?


Bibliografia Principal
1. Teoria do Conhecimento

AUDI, Robert, 1998, Epistemology – a contemporary introduction to the theory of knowledge, London, Routledge.
BERNECKER, Sven & DRETSKE, Fred 2000, Knowledge – Readings in contemporary epistemology, Oxford, Oxford University Press.
DANCY, Jonathan & SOSA, Ernest (eds), 1992, A Companion to Epistemology, Oxford, Blackwell.
HUEMER, Michael & AUDI, Robert (eds) 2002, Epistemology – Contemporary readings, London, Routledge.
KIM, Jaegwon, 2000, What is ‘naturalized epistemology’? in BERNECKER & DRETSKE 2000 (trad. port. S. Miguens, Cadernos de Filosofia nº , 2003)
MIGUENS, Sofia, 2003, Introdução à Teoria da Mente e do Conhecimento – Parte I, Intelectu, 8, HYPERLINK "http://www.intelectu.com/"www.intelectu.com.
— Introdução à Teoria da Mente e do Conhecimento – Parte II (Aspectos históricos), Intelectu, 8, HYPERLINK "http://www.intelectu.com/"www.intelectu.com.
MORTON, Adam, 2003, A Guide Through the Theory of Knowledge, Oxford, Blackwell.
MOSER, Paul & VANDER NAT, Arnold, Human Knowledge –Classical and Contemporary Approaches, Oxford, Oxford University Press, 2003.

2. Teoria da mente (Filosofia da Mente e Ciência Cognitiva)

ANDLER, Daniel, 1992, Introduction aux Sciences Cognitives, Paris, Gallimard.
DENNETT, Daniel, 1991, Consciousness Explained, New York, Little, Brown and Co.
ENGEL, Pascal, 1996, Introdução à Filosofia do Espírito, Lisboa, Instituto Piaget.
EYSENCK, Michael & KEANE, Mark, 2000, Cognitive Psychology, Hove, Psychology Press.
GARDNER, Howard, 2002, A Nova Ciência da Mente – Uma história da revolução cognitiva, Lisboa, Relógio d’Água.
NAGEL, Thomas, 1995, O que quer dizer tudo isto?, Lisboa, Gradiva.
— 1979, What is it like to be a bat? in Mortal Questions, Oxford, Oxford University Press.
PENROSE, Roger, 1997, A Mente Virtual – Sobre computadores, mentes e as leis da física, Lisboa, Gradiva.
PUTNAM, Hilary, [1960], Minds and Machines, in Philosophical Papers, vol. I, Cambridge, Cambridge University Press, 1975.
SEARLE, Minds Brains and Programs, in Behavioral and Brain Sciences, 13, Cambridge, Cambridge University Press, 1980 (também em HOFSTADTER& DENNETT 1981).
— 1987, Mente, Cérebro, Ciência, Lisboa, Edições 70.
— A Redescoberta da Mente, Lisboa, Instituto Piaget.
STILLINGS, N., WEISLER, S., CHASE, C., FEINSTEIN, M., GARFIELD, J. & RIESLAND, E., 1995, Cognitive Science – An Introduction, Cambridge MA, MIT Press.
TURING, Alan [1950], «Computing Machinery and Intelligence», in DENNETT & HOFSTADTER 1981.
WILSON, Robert & KEIL, Frank 1999, The MIT Encyclopedia of the Cognitive Sciences, Cambridge MA, MIT Press.

3. Dicionários e Enciclopédias de Filosofia recomendados.

AUDI, Robert, 1995, The Cambridge Dictionary of Philosophy, Cambridge University Press.
BLACKBURN, Simon, 1997, Dicionário de Filosofia, Lisboa, Gradiva.
BRANQUINHO, João & MURCHO, Desidério (orgs), Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos, Lisboa, Gradiva, 2001.
HONDERICH, Ted, 1995, The Oxford Companion to Philosophy, Oxford, Oxford University Press.

Nota: outra bibliografia de apoio, tanto quanto possível em português, irá sendo indicada ao longo do ano para cada um dos pontos do programa.


Bibliografia Complementar

ENGEL, Pascal, Truth, Chesham, Acumen, 2002
GASCOIGNE, Neil, Scepticism, Chesham, Acumen, 2002
GAZZANIGA, Michael, IVRY, Richard, MANGUN, George, 1998, Cognitive Neuroscience, London, Norton and Co.
HAACK, Susan, 1993, Evidence and Inquiry –Towards Reconstruction in Epistemology, Oxford, Blackwell.
HOFSTADTER, Douglas, 2000, Gödel, Escher, Bach - Laços Eternos Lisboa, Gradiva.
HOFSTADTER, Douglas & DENNETT, Daniel (eds), 1981, The Mind’s I – Fantasies and reflections on self and soul, New York, Basic Books.
MIGUENS, Sofia, 2000, Consciência e Identidade pessoal: e se não há um centro?, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 40, 1-2.
— 2001, Problemas da Identidade Pessoal, Revista da Faculdade de Letras, Série de Filosofia, 18
— 2002, Uma Teoria Fisicalista do Conteúdo e da Consciência – D. Dennett e os debates da filosofia da mente, Porto, Campo das Letras.
NAGEL, Thomas, 1999, A última palavra, Lisboa, Gradiva.
— 1986, The View From Nowhere, Oxford, Oxford University Press.
QUINE, W.O., Epistemologia naturalizada, in Carrilho M.M. 1991 (org), Epistemologia: posições e críticas, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
— 1953, Two Dogmas of Empiricism, in From a Logical Point of View, Cambridge MA, Harvard University Press.
RORTY, Richard, 1988, A Filosofia e o Espelho da Natureza, Lisboa, Dom Quixote.

Métodos de Ensino
Aulas expositivas, trabalho de texto e discussão.


Modo de Avaliação
Avaliação apenas com exame final.


Componentes de Avaliação
Exame final e trabalhos de investigação.


Observações
Lingua de ensino: português.


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Filosofia do Conhecimento 2


Objectivos
A disciplina de Filosofia do Conhecimento II tem os seguintes objectivos principais: o aluno deve tornar-se capaz de (i) dominar o vocabulário técnico da epistemologia contemporânea, (ii) propor e problematizar conceitos de mente e de conhecimento, (iii) identificar problemas epistemológicos bem como a relação destes com questões metafísicas e de teoria da mente e da linguagem, (iv) identificar diferentes teorias da justificação epistémica e formular razões a favor e contra cada uma delas, (v) justificar as relações da teoria do conhecimento com outras áreas teóricas (nomeadamente da ciência cognitiva) a partir de exemplos práticos e do conhecimento de aspectos da história da ciência cognitiva



Programa

1. Teoria Filosófica da Mente e do Conhecimento
1.1 Problemas em torno da relação mente-mundo: cepticismo, solipsismo. ‘Mente’ e ‘conhecimento’: análises e definições. Mente: intencionalidade, acesso directo e privilegiado, qualia. Natureza da crença: análise. Fontes de crenças: percepção, memória, raciocínio, consciência (introspecção), testemunho. Conhecimento. Definição tripartida (condição-Crença, condição-Justificação, condição-Verdade). Problemas de Gettier. Crenças e justificação: arquitectura do conhecimento. Metáforas para a organização/justificação das crenças: ‘pirâmide’ e ‘jangada’. Teorias da justificação epistémica: fundacionalismo (cartesiano, empirista), coerentismo, fiabilismo. Teorias da verdade.
1.2 Breve história comparativa das teorias da mente e do conhecimento: Platão, Aristóteles, cepticismo grego, Descartes (o cogito, a ciência e o mundo), Kant (o transcendental), Quine (a ideia de epistemologia naturalizada).
2. Teoria Científica da Mente e da Cognição. Ciência Cognitiva e Filosofia da Mente (1950-1990)
2.1 A ideia de ‘ciência cognitiva’. A realidade formal e física da cognição. A lógica e a formalização. Algoritmos, Máquina de Turing, Máquina de Turing Universal. A metáfora fundadora do paradigma cognitivista.
2.2 O que é (para uma entidade) ter uma vida mental? - Teste de Turing, Behaviorismo, Cognitivismo. A natureza da inteligência: H. Putnam e J. Fodor. A natureza da consciência: J. Searle, T. Nagel e D. Dennett.
3. Entre ciência cognitiva e filosofia do conhecimento: o que significa afinal ‘epistemologia naturalizada’?


Bibliografia

AUDI, Robert, 1998, Epistemology – a contemporary introduction to the theory of knowledge, London, Routledge.
BERNECKER, Sven & DRETSKE, Fred 2000, Knowledge – Readings in contemporary epistemology, Oxford, Oxford University Press.
DANCY, Jonathan & SOSA, Ernest (eds), 1992, A Companion to Epistemology, Oxford, Blackwell.
DESCARTES, René 2003 (1641), Meditações Metafísicas, Porto, Rés.
GARDNER, Howard, 2002, A Nova Ciência da Mente – Uma história da revolução cognitiva, Lisboa, Relógio d’Água.
GASCOIGNE, Neil, Scepticism, Chesham, Acumen, 2002
HUEMER, Michael & AUDI, Robert (eds) 2002, Epistemology – Contemporary readings, London, Routledge.
KANT, Immanuel 1985, (1781/1787), Crítica da Razão Pura, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
KIM, Jaegwon, 2000, What is ‘naturalized epistemology’? in BERNECKER & DRETSKE 2000 (trad. port. S. Miguens, Cadernos de Filosofia nº13 , 2003, pp. 7-40)
MIGUENS, Sofia, 2002, Uma Teoria Fisicalista do Conteúdo e da Consciência, Porto, Campo das Letras.
MIGUENS, Sofia, 2003, Introdução à Teoria da Mente e do Conhecimento – Parte I, Intelectu, 8, www.intelectu.com.
— Introdução à Teoria da Mente e do Conhecimento – Parte II (Aspectos históricos), Intelectu, 8, www.intelectu.com.
MORTON, Adam, 2003, A Guide Through the Theory of Knowledge, Oxford, Blackwell.
MOSER, Paul & VANDER NAT, Arnold, Human Knowledge –Classical and Contemporary Approaches, Oxford, Oxford University Press, 2003.
NAGEL, Thomas, 1995, O que quer dizer tudo isto?, Lisboa, Gradiva.
QUINE, W.O., Epistemologia naturalizada, in Carrilho M.M. 1991 (org), Epistemologia: posições e críticas, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
— 1953, Two Dogmas of Empiricism, in From a Logical Point of View, Cambridge MA, Harvard University Press.
RORTY, Richard, 1988, A Filosofia e o Espelho da Natureza, Lisboa, Dom Quixote.
WILSON, Robert & KEIL, Frank 1999, The MIT Encyclopedia of the Cognitive Sciences, Cambridge MA, MIT Press.

Dicionário de Filosofia, Enciclopédia de Filosofia, História da Filosofia e guia metodológico recomendados:

BLACKBURN, Simon, 1997, Dicionário de Filosofia, Lisboa, Gradiva.
BRANQUINHO, João & MURCHO, Desidério (orgs), Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos, Lisboa, Gradiva, 2001.


Métodos de Ensino
Aulas expositivas, trabalho de texto e discussão


Modo de Avaliação
Avaliação apenas com exame final


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Filosofia da Linguagem I

Objectivos
A disciplina de Filosofia da Linguagem pretende ser tematicamente orientada, destacando pontos fulcrais da história da filosofia da linguagem a partir de finais do século XIX. Na medida em que a filosofia da linguagem é central sobretudo na tradição analítica, é esta que guia a quase totalidade do programa, sendo a Parte II aquela que é mais extensamente leccionada, a partir da análise prática de obras e artigos. De modo a contextualizar a orientação principal (Parte II), o Programa é iniciado com uma referência aos estudos empíricos da linguagem (Parte I). Pretende-se que o aluno fique capaz de descrever o quadro geral das investigações contemporâneas sobre a linguagem e também que conheça directamente os textos clássicos analisados nas aulas.


Programa

PARTE I
Ciências da linguagem e filosofia da linguagem: motivos de interesse do estudo da linguagem. Terminologia básica para o estudo da linguagem. Linguagens naturais e linguagens formais. Ciência cognitiva, mente e linguagem. A linguística como ciência cognitiva (a partir de N. Chomsky). Alguns problemas de linguagem do ponto de vista da biologia, da psicologia e da linguística (linguística formal e psicolinguística): origem da linguagem nos humanos, gramáticas como modelos, localizações cerebrais relacionadas com a faculdade de linguagem, modularidade.

PARTE II
1. A importância da filosofia da linguagem na história da filosofia analítica.
2. Sentido e Referência: G. Frege e B. Russell – Über Sinn und Bedeutung (1892) e On Denoting (1905). Nomes próprios e descrições definidas. Comparação das posições ontológicas e epistemológicas de G. Frege e B. Russell.
3. Uma teoria pictórica da linguagem: L. Wittgenstein – Tractatus Logico-Philosophicus (1921). A teoria da proposição como Bild (modelo).
4. Teorias do uso: L. Wittgenstein – Investigações Filosóficas (1953). Pluralismo e pragmatismo. Argumento da linguagem privada. Seguir-regras.
5. A filosofia analítica depois de Wittgenstein.


Bibliografia principal

[Para o acompanhamento geral da disciplina e especialmente como referência para o uso de vocabulário técnico em português aconselha-se a seguinte enciclopédia (da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Filosofia): BRANQUINHO, João & MURCHO, Desidério (orgs), Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos, Lisboa, Gradiva 2001.]

BEANEY, M. (org), 1997, The Frege Reader, Oxford, Blackwell.
DUMMETT, M., 1993, Origins of Analytic Philosophy, Cambridge MA, Harvard University Press
— 1973, Frege’s Philosophy of Language, London, Duckworth.
FROMKIN, Victoria & RODMAN, Robert, 1993, An Introduction to Language, New York, Harcourt Brace.
GAZZANIGA, M., IVTY, R. & MANGUN, G., 1998, Cognitive Neuroscience. The Biology of the Mind, New York, Norton.
GUTTENPLAN, Samuel (ed), 1994, A Companion to the Philosophy of Mind, Oxford, Blackwell.
HAHN, E. & SCHILPP, P.,1998, The Philosophy of W.O.Quine, The Library of Living Philosophers, Chicago, Open Court.
HALE, Bob & WRIGHT, Crispin, 1997, A Companion to the Philosophy of Language, Oxford, Blackwell.
KRIPKE, Saul, 1982, Wittgenstein on Rules and Private Language, Cambridge MA, Harvard University Press.
LOURENÇO, M.S, 1995, A Cultura da Subtileza - Aspectos da Filosofia Analítica, Lisboa, Colibri.
LYCAN, William, 1999, Philosophy of Language, London, Routledge.
MARTINICH, A.P. (ed), 1990, The Philosophy of Language, Oxford, Oxford University Press.
PINKER, Stephen, 1994, The Language Instinct, London, Penguin.
PUTNAM, Hilary, 1975, Philosophical Papers vol. II Mind Language and Reality, Cambridge, Cambridge University Press.
RUSSELL, Bertrand, On Denoting (1905) in Logic and Knowledge-Essays 1901-1950, London, Allen & Unwin, 1956.
SCHILPP, P., 1963, The Philosophy of Bertrand Russell, The Library of Living Philosophers, Chicago, Open Court.
SLUGA, H. & STERN, D, 1996, The Cambridge Companion to Wittgenstein, Cambridge, Cambridge University Press
WITTGENSTEIN, L., 1987, Tratado Lógico-Filosófico, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
— 1987, Investigações Filosóficas, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
ZILHÃO, António, 1993, Linguagem da Filosofia e Filosofia da Linguagem – Estudos sobre Wittgenstein, Lisboa, Colibri.


Métodos de Ensino
Aulas teórico-práticas, envolvendo a exposição da matéria (em ligação com a análise de passagens essenciais das obras de leitura obrigatória) e a aplicação dos conhecimentos adquiridos (em ligação com a discussão de exemplos especialmente relevantes).


Modo de Avaliação
Avaliação apenas com exame final


Obtenção de Frequência
Assiduidade (presença em 75% das aulas previstas, com excepção para os casos previstos na lei e para alunos que obtiveram frequência no ano lectivo anterior).


Cálculo da Classificação Final
Exame final: prova escrita, com a duração de 3 horas, e prova oral, se necessário ou requerido. Nota de exame arredondada.


Provas e Trabalhos Especiais
Não previstos.


Melhoria de Classificação Final/Distribuída
De acordo com as normas em vigor.

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Filosofia da Linguagem II

Objectivos
A disciplina de Filosofia da Linguagem II é concebida em três momentos: (i) continuação da abordagem relativa à tradição analítica desenvolvida em Filosofia da Linguagem I, (ii) estudo de um particular fenómeno de linguagem, (iii) referência a teorias da linguagem desenvolvidas do âmbito de outras tradições filosóficas. Um tema concreto – a metáfora (Parte II) – estabelece a passagem entre as Partes I e III do Programa.


Programa
PARTE I
A filosofia analítica depois de Wittgenstein.
A filosofia da linguagem comum de Oxford. Pragmática: a Teoria dos Actos de Fala (J. Austin, Performative Utterances; J. Searle, Speech Acts); P. Grice e a ideia de speakers’s meaning.
W. V. Quine: lógica, linguagem e ontologia. A crítica quineana ao positivismo lógico e à teoria verificacionista do significado. Linguagem e compromissos existenciais (On What There is).
W. V. Quine, D. Davidson e a natureza do pensamento. Holismo, interpretação e indeterminação da tradução. A interpretação radical quineana e a tradução radical davidsoniana.

PARTE II
Linguagem e metáfora.
A metáfora – de Aristóteles à linguística cognitiva, passando por J. Searle, D. Davidson e J. Derrida.

PARTE III
Outras perspectivas sobre a linguagem.
O estatuto da linguagem nos projectos filosóficos de M. Heidegger, J. Habermas, M. Foucault e J. Derrida.


Bibliografia Principal
AUSTIN, John, Performative Utterances, in MARTINICH, A.P. (ed), 1990, The Philosophy of Language, Oxford, Oxford University Press
BARRETT, R. & GIBSON, R., 1990, Perspectives on Quine, Oxford, Blackwell.
CLARK, Timothy, 2002, M. Heidegger, London, Routledge, Routledge Critical Thinkers.
CRITCHLEY, S. & SCHROEDER. W,, 1998, A Companion to Continental Philosophy, Oxford, Blackwell.
DAVIDSON, Donald, 1980, Essays on Actions and Events, Oxford, Oxford University Press.
DAVIDSON, Donald, 1984, Inquiry into Truth and Interpretation, Oxford, Oxford University Press.
DAVIDSON, Donald, What Metaphors Mean, in DAVIDSON 1984.
GUTTENPLAN, Samuel (ed), 1994, A Companion to the Philosophy of Mind, Oxford, Blackwell.
HABERMAS, Jürgen, 1990, O Discurso Filosófico da Modernidade, Lisboa, Dom Quixote.
HAHN, E. & SCHILPP, P.,1998, The Philosophy of W.O.Quine, The Library of Living Philosophers, Chicago, Open Court.
HAHN, E., 1999, The Philosophy of Donald Davidson, The Library of Living Philosophers, Chicago, Open Court.
HALE, Bob & WRIGHT, Crispin, 1997, A Companion to the Philosophy of Language, Oxford, Blackwell.
KRIPKE, Saul, 1982, Wittgenstein on Rules and Private Language, Cambridge MA, Harvard University Press.
LAKOFF, George & JOHNSON, Mark, 1980, Metaphors We Live By, Chicago, University of Chicago Press.
LOURENÇO, M.S, 1995, A Cultura da Subtileza - Aspectos da Filosofia Analítica, Lisboa, Colibri.
LYCAN, William, 1999, Philosophy of Language, London, Routledge.
MARTINICH, A.P. (ed), 1990, The Philosophy of Language, Oxford, Oxford University Press.
MIGUENS, Sofia, 2003, Metáfora, Revista da Faculdade de Letras – Série de Filosofia, XIX.
PUTNAM, Hilary, 1975, Philosophical Papers vol. II Mind Language and Reality, Cambridge, Cambridge University Press.
QUINE, W.V, 1990, Sobre o que há, in BRANQUINHO, João (ed), 1990, Existência e Linguagem - Ensaios de metafísica analítica, Lisboa, Presença.
SÁÀGUA, J. , (org), 1995, W. O Quine, Filosofia e Linguagem, Porto, Asa.
SEARLE, J., 1983, Actos de Fala, Coimbra, Almedina.
SEARLE, J, What is a Speech Act, MARTINICH, A.P. (ed), 1990, The Philosophy of Language, Oxford, Oxford University Press. (tradução portuguesa; J. Pires de Lima, Linguagem e Acção, Lisboa, Materiais Críticos, 1983)
SEARLE, John, Metaphor, in Searle, John, 1979, Expression and Meaning – Studies in the theory of speech acts, Cambridge, Cambridge University Press.
SLUGA, H. & STERN, D, 1996, The Cambridge Companion to Wittgenstein, Cambridge, Cambridge University Press
WITTGENSTEIN, L., 1987, Tratado Lógico-Filosófico, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
WITTGENSTEIN, L., 1987, Investigações Filosóficas, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
ZILHÃO, António, 1993, Linguagem da Filosofia e Filosofia da Linguagem – Estudos sobre Wittgenstein, Lisboa, Colibri.

Nota: outra bibliografia, tanto quanto possível em português, irá sendo indicada ao longo do ano, para cada um dos pontos do programa.


Modo de Avaliação
Avaliação apenas com exame final.


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Filosofia da Acção


1.  Introdução

                1.1  O que é a Filosofia da Acção
                1.2  Breve contextualização histórica
                1.3  Existe alguma relação entre a Filosofia da Acção e a Ética?
                1.4  O que é uma acção?
                1.5  Como se explica uma acção?
                1.6  Quais são as aplicações práticas da Filosofia da Acção?


2.  Acção e Racionalidade I

                2.1  O que é uma acção? (aprofundamento da introdução da aula anterior)
                2.2  O papel das razões na explicação e justificação da acção. O modelo crença–desejo
                2.3  A teoria Causal da Acção
                2.4  O problema da causalidade mental
                2.5  O problema das cadeias causais desviantes
                2.6  Motivação e Intenções I


3.  Acção e Racionalidade II

                3.1  O que é a racionalidade na acção?
                3.2  A diferença entre a racionalidade na acção e racionalidade da acção
                3.3  Racionalidade Teórica e Racionalidade Prática – o que significa isso?
                3.4  Motivação e Intenções II
                3.5  O que é uma acção racional?
                3.6  Modelos Normativos e Descritivos de acção racional
                3.7  Limites dos Modelos Normativos


4.  Acção e Irracionalidade

                4.1  O que é uma acção irracional?
                4.2  Debate contemporâneo acerca da acção irracional
                4.3  Acrasia: Aristóteles e modelo básico
                4.4  Debate contemporâneo acerca da acrasia


5.  Temas avançados em Filosofia da Acção

                5.1  Deliberação, Escolha e Tempo
                5.2  Teoria da Escolha Racional
                5.3  Racionalidade Limitada
                5.4  Racionalidade Ecológica (Gigerenzer e Vernon Smith)
                5.5  Como se faz investigação em filosofia da acção?

6.  Aplicações da Filosofia da Acção

                6.1  Acção e Racionalidade na Economia
                6.2  Acção e Racionalidade no Direito
                6.3  Acção e Racionalidade na Psicologia
                6.4  Acção e Racionalidade na Ética


Referências bibliográficas

Amen, M. "Davidson on Irrationality and Division".In Miguens, Sofia & Mauro, Carlos (Eds). Perspectives on Rationality. Porto: FLUP – Universidade do Porto, 2006.
Anscombe, Elizabeth, 2000, Intention (reprint), Cambridge, MA: Harvard University Press.
Bratman, Michael, 1987, Intention, Plans, and Practical Reasoning, Cambridge, MA: Harvard University Press.
Bratman, Michael, 1999, Faces of Intention: Selected Essays on Intention and Agency, Cambridge: Cambridge University Press.
Bratman, Michael, 2006, Structures of Agency, Oxford: Oxford University Press.
Davidson, Donald, 1980, Essays on Actions and Events, Oxford: Oxford University Press
Frankfurt, Harry, 1978 ‘The Problem of Action’, American Philosophical Quarterly, 15: 157-62; reprinted in Mele 1997.
Gigerenzer, G.: Todd, P. M. &  the ABC Research Group, 2000, Simple heuristics that make us smart. New York: Oxford University Press.
Ginet, Carl, 1990, On Action, Cambridge: Cambridge University Press 
Harman, Gilbert, ‘Practical Reasoning’, Review of Metaphysics, 79: 431-63; reprinted in Mele 1997.
Knobe, Joshua, 2006, ‘The Concept of Intentional Action: A Case Study in the Uses of Folk Psychology,’ Philosophical Studies, 130: 203-31
Mauro, Carlos & Cadilha, Susana. "Por que não pode existir uma acção irracional". In Miguens, Sofia & Mauro, Carlos (Eds). Perspectives on Rationality. Porto: FLUP – Universidade do Porto, 2006.
Mauro, Carlos & Maçorano, José P. "Racionalidade na Acção – uma explicação a partir do modelo crença-desejo". Revista de Economia e Relações Internacionais, São Paulo: FEC-FAAP, 5 (8), 2006.
Mauro, Carlos. "Somos ou não inevitavelmente racionais? Uma argumentação a partir de elementos da teoria económica". Revista Intelectu, Revista Electrónica acreditada e apoiada pela Sociedade Portuguesa de Filosofia - SPF, nº 11, Novembro de 2005.
Mele, Alfred, 1992, The Springs of Action, New York: Oxford University Press.
Mele, Alfred (ed.), 1997, The Philosophy of Action, Oxford: Oxford University Press.
Miguens, S. e Mauro, C., 2006, Perspectives on Rationality, Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Miguens, S, 2004, Racionalidade, Porto: Campo das Letras.
Setiya, Kieran, 2003, ‘Explaining Action,’ Philosophical Review, 112 (July): 339-93
Smith, Michael, 1994, The Moral Problem, Oxford: Blackwell.
Smith, Vernon, 2007, Rationality in Economics: Constructivist and Ecological Forms, Cambridge: Cambridge University Press.
Velleman, David, 2000, The Possibility of Practical Reason, Oxford: Oxford University Press
Wallace, R. Jay, 2006, Normativity and the Will, Oxford: Oxford University Press.
Watson, Gary, 2004, Agency and Answerability: Selected Essays, Oxford: Oxford University Press.
Wilson, George, 1989, The Intentionality of Human Action, Stanford, CA: Stanford University Press



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Filosofia da Economia

Em construção

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Livre Arbítrio

Em construção

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Filosofia da Mente

Em construção

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Questões Essenciais da Filosofia, hoje I

Objectivos

Este é um seminário dedicado à análise da obra Mind and World (1994), de John McDowell, que é já um clássico da filosofia contemporânea e que tem sido, na última década, objecto de intensas discussões. Em Mind and World McDowell procura diagnosticar aquilo a que chama uma ‘ansiedade da filosofia contemporânea’ relativamente ao lugar do mental no mundo, bem como desenvolver uma posição que desfaça essa ansiedade.
A partir de pressupostos metodológicos genericamente wittgensteinianos e de uma inspiração kantiana McDowell avança uma elaborada proposta acerca da natureza da experiência, que se opõe à visão exteriorista de autores como W. V. Quine e D. Davidson.
Além da análise  directa da obra nas seis lições que a compõem (I. Conceitos e Intuições, II. A ilimitação do conceptual, III. Conteúdo não conceptual, IV. Razão e Natureza, V. Acção, significação e self, VI. Animais racionais e outros animais) o seminário tem por objectivo situar Mind and World na história da filosofia contemporânea (tendo como pano de fundo o Projecto Convergences, do MLAG/Instituto de Filosofia). Serão assim também objecto de análise textos dos seguintes filósofos: Kant, Hegel, Wittgenstein, Quine, Davidson, Sellars, G. Evans, Gadamer, entre outros.
Através da análise da obra escolhida e dos problemas nela tratados o seminário pretende fornecer uma orientação nas áreas da metafísica, epistemologia e filosofia da mente e da linguagem.

Programa

1. J. McDowell, 1994, Mind and World:

1. 1 Análise da Lição 1
1. 2 Análise da Lição 2
1. 3 Análise da Lição 3
1. 4 Análise da Lição 4
1. 5 Analise da Lição 5
1. 6 Análise da Lição 6
1. 7 Discussão geral da obra e do seu lugar na filosofia contemporânea.

Bibliografia Principal

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Evans, Gareth;Varieties of Reference,, Oxford, Oxford University Press. , 1982
Longuenesse, Béatrice; Kant and the Capacity to judge – sensibility and discursivity in the transcendental analytic of the Critique of Pure Reason, , Princeton, Princeton University Press., 1998
McDowell, John;Mind and World, , Harvard, Harvard University Press. , 1994
McDowell, John;Meaning, Knowledge and Reality, Harvard, Harvard University Press., 1998
Miguens, Sofia; Será que a minha mente está dentro da minha cabeça? – Da ciência cognitiva à filosofia (ensaios), Porto, Campo das Letras, 2008


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Página actualizada a 20-10-2014 @ 23:20

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