Arqueologia(s) do poder - Espaço público: um projecto político, antropológico e poiético

Fernando Evangelista Bastos
2012
Arqueologia(s) do poder - Espaço público: um projecto político, antropológico e poiético

Edição: 2012
Páginas: 343
Editora: Edições Afrontamento
ISBN: 978-972-36-1248-6


O livro que aqui se apresenta visa estabelecer uma arqueologia do poder no espaço privilegiado do espaço público através de um atlas civilizacional. A articulação entre o egocentrismo e o sociocentrismo, entre a vontade e a liberdade individual e social desde sempre se constitui como um dos problemas para os quais se demandaram soluções mas que nunca passaram de reconfigurações atávicas das que no passado foram experimentadas. O poder não pertence aos governantes, estes são apenas agentes... esta é a essência da democracia. (...) O poder político continua (...) parceiro do controlo que visa configurar social e intimamente o nosso modo de habitar e pensar o mundo: continuamos a não ser mais do que reclusos encarcerados no conceito de uma liberdade formal, mas não ainda real. Não pode existir dignidade na submissão, mesmo que em termos sociopolíticos essa submis-são signifique preservação, sobrevivência, segurança ou vantagens. Salvarmo-nos nestas condições não passa de humilhação, porque abdicamos, na nossa infinita fragilidade, daquilo que é mais mais valioso: a nossa soberania, a nossa dignidade. (...) A sociedade de hoje não passa de espaço indiferenciado onde os seus ocupantes são encurralados pelo propagandeado medo do futuro e onde se sente, cada vez mais, a necessidade de reconfigurar o poder que aqui nos trouxe.


Fernando Evangelista Bastos, da «Introdução»


O livro de Fernando Evangelista Bastos acolhe, sem hesitações, pre-ocupações que decorrem dos desafios colocados pela sociedade contemporânea e recorda, na experiência de pensar, a exigência de equacionarmos e construirmos o bem comum, oferecendo ao leitor um estímulo para pensar por si mesmo. "Não é uma sociedade autónoma que faz cidadãos autónomos, são, pelo contrário, os cidadãos autónomos que, para o serem efectivamente, exigem uma comunidade autónoma".


Paula Cristina Pereira, do «Prefácio»

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