Elementos para uma compreensão das estruturas do mundo social no pensamento de Alfred Schutz

Bruno Miguel Pinheiro
2007

Elementos para uma compreensão das estruturas do mundo social no pensamento de Alfred Schutz

Colecção Campo da Filosofia nº 27, Campo das Letras


Edição: 2009
Páginas: 152
Editora: Campo das Letras

«A obra "Elementos para uma compreensão das estruturas do mundo social no pensamento de Alfred Schutz" resulta de uma investigação do Mestre Bruno Miguel Brito Silva Nogueira Pinheiro, no âmbito do Projecto de Investigação "Subjectividade e Racionalidade: elementos para uma Hermenêutica da Fenomenologia", financiado pela FCT.

Trata-se de um estudo sério e aprofundado sobre o fenomenólogo do mundo social - Alfred Schutz - que se destacou na cena filosófica internacional a partir da década de sessenta, e cujo interesse crescente veio marcar os finais do século XX. Curiosamente, entre nós, é praticamente desconhecido, pelo que o valor do presente livro se destaca ainda mais.» (Do Prefácio de Maria José Cantista)

"Se se considerar a obra de Schutz na sua totalidade como o esboço quer de uma filosofia sociológica, quer de uma sociologia filosófica, a verdade é que está no entrecruzamento dos dois campos de saber e os frutos emergentes desse tronco comum, longe de serem indigestos para quem deles ousar provar, revelam-se de uma grande doçura, pois transportam consigo o sabor da racionalidade." (Da Conclusão)


ÍNDICE

Prefácio, 7

Agradecimentos, 9

Lista de siglas usadas, 13

Introdução, 15

I Secção - Intersubjectividade e Racionalidade

1. O ponto de partida da fenomenologia social de Alfred Schutz, 23

1.1. A epoché no seio da filosofia céptica, 24
1.2. A reconfiguração cartesiana, 26
1.3. Edmund Husserl e o programa fenomenológico, 27
1.4. Alfred Schutz e a epoché da atitude natural, 30

2. A questão da intersubjectividade (nível teórico), 33

2.1. A Fenomenologia Husserliana e a temática da intersubjectividade, 34
     2.1.1. A necessidade de uma nova redução, 35
     2.1.2. A consciência transcendental enquanto mónada e a noção de leib, 37
     2.1.3. A importância da experiência de acoplamento e o reconhecimento da alteridade, 38
     2.1.4. A derivação duma comunidade transcendental, 41

2.2. A negação dos pressupostos husserlianos na visão de Alfred Schutz, 42
     2.2.1. Sobre a determinação da ?esfera própria do ego?, 44
     2.2.2. A questão do acoplamento e a captação do Outro, 45
     2.2.3. A ilusão duma comunidade monádica ao nível da subjectividade transcendental, 50

3. A questão da intersubjectividade (nível prático), 52

3.1. As relações entre Consociados, 54
     3.1.1. A experiência da ?Orientação-ao-Tu? e suas modalidades, 55
     3.1.2. O estabelecimento de um fluxo experiencial comum, 56
     3.1.3. O Outro como mais vivo e a despersonalização reflexiva, 59
     3.1.4. A existência de vários graus de relacionamento, 61

3.2. O mundo dos Contemporâneos como uma estrutura de tipificações, 63
     3.2.1. A transição de uma experiência social directa para uma experiência indirecta, 64
     3.2.2. A experiência da ?Orientação-ao-Colectivo? e suas implicações nas relações sociais, 66
     3.2.3. Os vários estratos da Contemporaneidade, 70

3.3. Os Predecessores e a historicidade, 73
     3.3.1. Duas possíveis definições, 75
     3.3.2. A especificidade da realidade do Passado, 77
     3.3.3. Mecanismos gnoseológicos de apreensão do Passado e relações com a História, 78
     3.3.4. O conhecimento das realidades passadas como interpretação, 81

3.4. Os Sucessores e a inefabilidade do futuro, 82
     3.4.1. Clarificação da noção e seu alcance, 82
     3.4.2. Sobre a possibilidade do estabelecimento de relações sociais: alguns exemplos, 84

II Secção - O mundo da quotidianeidade e a acção humana

4. Aprofundamento da análise dos elementos constituintes do Lebenswelt, 89

4.1. Diferentes níveis de realidade, 90
     4.1.1. A teoria dos sub-universos segundo William James, 90
     4.1.2. Alfred Schutz e as províncias finitas de sentido: características gerais, 93

4.2. O mundo da quotidianeidade como mundo do trabalho, 97
     4.2.1. Definição do horizonte da quotidianeidade, 97
     4.2.2. A prevalência do trabalho, 101
     4.2.3. Horizontes espaciais, 103
             a) o mundo ao alcance actual, 103
             b) o mundo potencialmente alcançável, 104
     4.2.4. Horizontes temporais, 107
             a) o tempo interno da consciência, 107
             b) o tempo mundano, 109
             c) A articulação entre os planos temporais, 112

4.3. As várias províncias de fantasmas, 113
4.4. Sobre o mundo dos sonhos, 117

5. Problemáticas relacionadas com a acção humana, 122

5.1. Acção e acto, 122
5.2. O projecto como estrutura prévia fundamental da acção, 124
5.3. A distinção entre motivos-para e motivos-porque, 126
5.4. A imputação de motivos na análise da acção de outrem, 128

6. Reflexões em torno da questão da morte: comparação entre Schutz e Heidegger, 131

6.1. A análise heideggeriana em Sein und Zeit, 132
6.2. A experiência da morte como ansiedade fundamental para Alfred Schutz, 136

Conclusão, 139

Bibliografia, 143

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