Subjectividade Plural - Trajectos do sofrimento em Emmanuel Lévinas
| Maria Helena Mano Pinheiro 2001 Subjectividade Plural - Trajectos do sofrimento em Emmanuel Lévinas Colecção Nous, Campo das Letras |
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Edição: 2001
Páginas: 232
Editora: Campo das Letras
O presente trabalho procurou, fundamentalmente, assinalar os temas e noções mais marcantes do pensamento filosófico de Emmanuel Lévinas, de modo a destacar, não tanto a fecundidade singular e transgressora dos horizontes teóricos que nos oferece, quanto a possibilidade de uma reflexão radical – uma exigência de responder ao apelo que nos convoca a pensar de um modo diferente o sentido da existência humana.
De certo modo, é a questão implícita – quem somos? – que se constitui como o leit motiv deste trabalho e que se traduz na tentativa de encontrar uma resposta a tal interrogação, num mundo que reclama um modo de viver cada vez mais descomprometido com os outros. Trata-se, portanto, de reflectir, com Lévinas, sobre a proposta antropológica que procura fazer emergir uma nova consciência ética, capaz de desafiar o mundo em que vivemos, com o objectivo de lhe inflectir a orientação existencial. De facto, é uma convocação para responder ao apelo de outro homem, assumindo um compromisso "des-interessado", só possível na e pela proximidade do próximo que instaura uma dimensão ética na nossa convivencialidade.
Fazer emergir uma nova consciência ética constituiu o objectivo da reflexão radical de E. Lévinas. Maria Helena Mano Pinheiro procura nesta obra abordar as realidades da dor e do sofrimento a partir do pensamento do autor.
ÍNDICE
1. Introdução, p. 9
PRIMEIRA PARTE - Do Ser à Excedência
2. Ruptura da totalidade cognoscitiva-racional, p. 23
3. Transcendência e Metafísica. O Desejo de Infinito, p. 55
4. Da hegemonia ao heterocentrismo do Eu, p. 87
4.1. A independência do Eu: a noção de il y a, p. 87
4.2. Interioridade, fruição, corporeidade e sensibilidade, p. 93
4.3. A casa, a relação erótica, o trabalho, a possessão e a obra, p. 100
4.4. A subjectividade na separação, p. 111
SEGUNDA PARTE - A Excedência do A-fora Ser; (Re)Visitar o Religioso
5. O face-a-face, p. 123
5.1. Para além do personalismo, p. 123
6. Rosto e Visitação, p. 139
7. Linguagem e Relação Ética, p. 153
8. Proximidade de Verdade, p. 165
9. Responsabilidade e Liberdade, p. 177
9.1. Da "Inutilidade da Dor e do Sofrimento", p. 177
9.2. Noções intrínsecas à Responsabilidade: Substituição/Expiação e Altura/Humildade, na articulação de um pensar-no-outro, p. 191
Considerações Finais, p. 201
Bibliografia Geral, p. 223
