Mauro, Carlos Eduardo Evangelisti. Uma Concepção Deflacionista da Racionalidade na Acção (Orientadora: Sofia Miguens)

Abstract

É comum aceitarmos algum conjunto de critérios normativos para determinar se uma acção foi ou não racional, sejam critérios lógicos, sejam econónimos, sejam critérios X, Y ou Z. Na filosofia contemporânea tais critérios são aceites com tamanha facilidade e é-lhes atribuída uma tal força que eles quase se tornam em positivos.

Na presente dissertação defende-se que essa não é a maneira certa de encarar a natureza da racionalidade (da acção e na acção). O objectivo da dissertação é propor uma tese genuinamente positiva da racionalidade, tentando não fazer apelo a qualquer critério normative previamente disponível. A ideia não é de alguma forma retirar à racionalidade o seu poder, antes pelo contrario revelar a função que esta de facto tem, e que é produzir acções e pensamentos a partir de crenças e desejos. Se uma particular acção nos parece acrática e portanto irracional consideramos frequentemente que isso é assim porque houve alguma falha no sistema racional – defender-se-á que não é assim, e que o sistema agiu exactamente como tinha que agir. Foram as suas próprias crenças e desejos (conscientes e inconscientes) que o levaram a agir daquela maneira determinada. O foco da explicação desvia-se assim de uma possível falha do sistema para uma razão interna ao agente.



<< Voltar
 Imprimir 
cabecalho_logo

Título
X