Søren Kierkegaard: um dinamarquês universal

De 01-12-2013 a 31-12-2013

FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Novembro-Dezembro, 2013

 

 

Colóquio

Pensamento e obra de Søren Kierkegaard

FLUP, 16 de dezembro
Sala de Reuniões

Programa em pdf

9h15-9h30  Abertura
Prof.ª Doutora Maria de Fátima Marinho (Diretora da FLUP)
José Meirinhos (Diretor do IF - Presidente do DF)
Paulo Tunhas (IP do RG Fenomenologia e Hermenêutica)

 

9h30-10h45

Moderação: Eugénia Vilela (FLUP)

Luís de Araújo (FLUP), Kierkegaard - prelúdio ao Existencialismo

Paulo Tunhas (FLUP), Indivíduo e sistema

10h45-11h00 intervalo 

 

11h00-12h30

Moderação: Mattia Riccardi (IF - FLUP)

João Alberto Pinto (FLUP), Kierkegaard conforme a concepção corrente de lógica

Costa Macedo (FLUP), Raízes do fideísmo kierkegaardiano

 

14h30-16h00

Moderação: José Meirinhos (FLUP)

Sofia Miguens (FLUP), Espelhos, escadas, paradoxos e nonsense – o que há de comum a Kierkegaard e Wittgenstein

Jorge Leandro Rosa (ULHT), O «instante» kierkegaardiano: a palavra que continua a abrir a Filosofia

 

16h00: Encerramento:

Paulo Tunhas (FLUP)

 

 






 

Exposição

A Diretora da Faculdade de Letras, o Embaixador da Dinamarca, o Departamento de Filosofia, convidam todos os interessados para a abertura e a conferência inaugural da exposição:

 Søren Kierkegaard, um dinamarquês universal

Conferência de Abertura

Prof. Doutor Luís de Araújo
Atualidade de Kierkegaard

12 NOV. | 17H.30

Anfiteatro Nobre

Exposição

Biblioteca Central

12 de novembro a 16 de dezembro de 2013

 


 

A exposição reúne bibliografia da Biblioteca da FLUP de e sobre Søren Kierkegaard (1813-1855) e um conjunto de 16 painéis descritivos da sua vida e obra, que assinalam e celebram o bicentenário do seu nascimento. Além da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e das instituições culturais dinamarquesas, responsáveis pela sua conceção, tuteladas pelos Ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, a mostra conta com o apoio da Embaixada da Dinamarca em Lisboa, do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras e do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto.

A obra de Søren Kierkegaard - muita dela escrita sob pseudónimo - atingiu, em vida do autor, um escasso número de leitores. Pelo contrário, a partir do início do séc. XX, a sua obra passou a ser objeto de intensa e generalizada investigação. Kierkegaard exerceu uma influência significativa em filósofos de várias escolas e nacionalidades, entre os quais se contam Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Albert Camus, e também Miguel de Unamuno, Martin Heidegger, Karl Jaspers e Ludwig Wittgenstein, e, na atualidade, por exemplo, Alain Badiou ou Slavoj Žižek. No campo da teologia, Kierkegaard marcou, entre outros, Dietrich Bonhoeffer, Paul Tillich, Karl Bath e Rudolf Bultmann. No campo literário, o impacto de Kierkegaard é reconhecível, numa primeira geração, em Henrik Ibsen, August Strindberg e Franz Kafka, mas hoje em dia estende-se a autores de muitas outras literaturas.

Em Portugal, durante o séc. XX, a receção de Søren Kierkegaard caracteriza-se por uma investigação de iniciativa marcadamente individual ao longo de sucessivas gerações de tradutores e de filósofos. Distinguem-se inicialmente Adolfo Casais Monteiro (1908-1972), José Marinho (1904-1975), e Delfim Santos (1907-1966), cuja influência se desenvolveu tanto nos círculos literários como académicos. Eduardo Lourenço (n. 1923) é a figura dominante na geração que acolhe criticamente o Existencialismo. Merece também destaque o fluxo ensaístico que veio a lume durante a década de 60, revelador da presença contínua da filosofia de Kierkegaard na produção literária e filosófica em Portugal. É a primeira década do séc. XXI que anuncia um novo fôlego na investigação kierkegaardiana, que surge agora mais enraizada na universidade. Publicaram-se as primeiras traduções a partir do original dinamarquês, acompanhadas pela realização regular de conferências e pela publicação de estudos sobre a obra do autor, num conjunto de realizações que assinala inequivocamente uma mudança de paradigma na receção portuguesa do filósofo dinamarquês.

N.B.: texto retomado da apresentação da exposição na Biblioteca nacional de Portugal, Lisboa.

 

 


Imagem: Søren Kierkegaard por Niels Christian Kierkegaard (1806-1882)

 


 

Organização:

Departamento de Filosofia - Instituto de Filosofia (RG Fenomenologia e Hermenêutica) e Embaixada da Dinamarca. Colaboração da Faculdade de Letras e Biblioteca Central.

Professores José Meirinhos - Paulo Tunhas



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